Ciro Pinheiro
Nós, jornalistas, temos a mania de criticar os outros querendo fazer crer que somos pessoas isentas de erros como entes comuns que somos. Devemos criticar, sim, mas nunca pensando que estamos acima do bem e do mal. Acontece, no entanto, que nem sempre o bom exemplo é dado o que nos tira o direito de cobrar dos outros a postura que consideramos corretas, atitudes que achamos perfeitas. Um exemplo: sexta-feira aconteceu a eleição da diretoria do Sinjor (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Rondônia), entidade que ajudei a fundar e que presidi (como interventor eleito) em um momento de atrapalhação por conta de administração mal conduzida.
Fui convidado para fazer parte da comissão eleitoral e, recusei, no inicio, já prevendo o que viria acontecer no decorrer dos trabalhos, mas atendendo a insistência de colegas, resolvi permanecer. Aqui pra nós, minhas previsões aconteceram. Fiz parte da comissão composta de três pessoas e durante o processo da eleição todas as minhas opiniões, meus protestos, foram rechaçados, sem discussão tranqüila, consideradas (minhas opiniões), voto vencido e por isto indiscutíveis. Perdi todas e a eleição foi realizada, apesar dos problemas e, também, do desinteresse do eleitorado.
O que aconteceu: foi considerado válido (com minha opinião contrária) o voto vindo do interior, de forma irregular, a maioria sem cópias de documentos, aberto, por fax, quando o estatuto da entidade determina que o sigilo do voto seja assegurado. Mas a comissão, com dois votos contra um, aprovou.
O que deu: a chapa vencedora perdeu na capital mas teve quase a totalidade dos 50 votos do interior, por conta da campanha realizada pelo candidato vencedor, que começou cedo (mais esperto) e que teve todas as facilidades graças às bênçãos da atual presidência do Sindicato, que permitiu a distribuição, antecipada, de chapas (modelo), a maioria usadas para o voto, quando o correto seria a chapa única (oficial), com assinatura da comissão eleitoral, como em qualquer eleição. Houve protesto durante a apuração mas a comissão não levou em consideração e aprovou tudo. Muitas outras coisas estranhas aconteceram e em alguns instantes pensei em renunciar, mas decidi que seria pior. Nunca fiz isto. Fui até o fim, “conquistando” a antipatia dos vencedores e a desconfiança dos perdedores.
Espero o perdão dos colegas por estar levando ao conhecimento do público as nossas mazelas, mas é preciso que os nossos leitores saibam que como pessoas comuns não somos mais nem menos do que os outros. Mesmo considerando isto, devíamos dar o bom exemplo para, desta formar, termos condição de condenar, de denunciar a corrupção dos políticos, “vitimas” preferidas para nossas criticas. Nada tenho de pessoal contra nenhum dos candidatos. O que quero é que o Sindicato seja bem administrado e que recupere a credibilidade como instituição de respeito. É isto o mais importante. Uma eleição limpa, honesta e com base nas normas legais é o que eu queria. Isto não aconteceu, para tristeza dos outros que, também, assim pensavam.
domingo, 26 de abril de 2009
SINJOR – O EXEMPLO QUE NÃO FOI DADO
Postado por
Daniel Oliveira da Paixão
às
01:35
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